Poucas pessoas sabem, mas o mundo está completamente interligado. Inúmeros cabos submarinos de fibra óptica interligam os países para que exista uma “rota” por onde os dados possam trafegar e voltar aos usuários.
Por mais que os satélites estejam cada vez mais presentes para utilização em dispositivos móveis, carros e outros equipamentos. A latência (velocidade de resposta) dos cabos é muito melhor. O que faz com que seu uso seja priorizado. Na imagem abaixo, podemos ter uma ideia de como ligamos todos os continentes.
E como você pode imaginar, o rompimento parcial ou total desses cabos pode prejudicar a internet nacional e/ou mundial. Agora no mês de setembro de 2023, por exemplo, estamos com um rompimento parcial de um cabo submarino que interliga Fortaleza e Rio de Janeiro. Causando lentidão na internet Brasileira.
O motivo da lentidão é simples: Vamos dizer que você está em São Paulo e queira ir para o Rio de Janeiro. Uma possibilidade é pegar a Dutra e ser feliz. Outra é pela Fernão Dias, ir para Minas Gerais e de lá ir para o Rio de Janeiro. Com o rompimento de um cabo, uma rota é prejudicada. Com isso, temos que pegar um caminho mais longo para chegar onde precisamos. Deixando o tráfego mais lento.
Já para explicar o rompimento parcial, precisamos entender que um cabo submarino não tem apenas um cabo e sim vários dentro do mesmo. Desse modo, quando temos um rompimento parcial, é como se tivéssemos um deslizamento de terra na Dutra. O tráfego irá fluir, mas o tamanho da pista ficará reduzido até que a mesma seja reparada.
Uma pergunta simples deverá pairar na sua cabeça: Com a rota via cabo nula ou limitada, não seria melhor usar satélites ao invés de buscar outra rota via cabo?
A resposta quase sempre será não. Basicamente um roteador escolhe o caminho pelo “peso” daquela rota. Digamos que para chegar ao servidor da Softtalk utilizando satélite você terá uma latência de 100 ms e via cabo, mesmo com a rota prejudicada, levará 60 ms. Já teremos um ganho em continuar utilizando a fibra.
Já em condições onde não temos cabeamento, áreas remotas, marítimas e outras opções, teremos que utilizar a conexão via satélite. Mas, condições climáticas podem e irão interferir na qualidade do sinal e velocidade da internet. Além de não termos planos com altíssima velocidade em soluções via satélite. Ao menos por enquanto.
Um projeto que todos estão de olho, por seu objetivo ousado, é a Starlink. Nela o Elon Musk já está entregando velocidades superiores ao encontrado no mercado e diminuindo com constância a latência entre as pontas. O importante é que com tantas opções e tecnologias, sempre chegaremos ao destino desejado.
Danilo Arouca
CIO | CTO | IT Consultant
TecnoLoide Tecnologia
